As fotografias

terça-feira, janeiro 06, 2009

12 patinhas

Tum, tum, tum

Patinhas de veludo percorrem o piso
três vultos sombreiam então o doutor
Um redondinho, macio, consiso
dois esguios, um maior e um menor

De entre os três a benjamin
passa então a correr.
Não tendo meta nem fim
dá-se ao luxo de viver.
Saltitante a pequenina,
cândida de pura cal
esconde uma face traquina
comum à espécie animal.

A mais velha e volumosa
em calma se faz andar
vagueia imponente e caprichosa
sem pressa de chegar.
A casa há muito que não é mistério
conhece bem o chão que a suporta
e junto à lareira de fogo etéreo
escolhe um lugar, deita-se torta.

O macho, rei de nenhum reino
julgando algum poder
pavoneia-se com destreza
impressiona quem quer ver
mas de certo, num só salto
também ele se pode achar
perto, longe, baixo ou alto
uma ou outra a afagar.

Deleitado com tais criaturas
o doutor esboça um sorriso.
Ruidosos, fazem travessuras
mas reconfortam quando é preciso.
Adormecido a ver televisão
já com a noite a terminar
enroscam-se de volta dos seus pés
seguros de estarem num bom lar.

3 comentários:

Milo disse...

Eis a Fifi, a Pituxa e o Topo Giggio! XD Espetacular!

Tag disse...

Delicioso =D É impossível não sorrir a ler o k escrevest! Agr xtuda!!!! (k eu vou fazer o msm he he)

Milo disse...

Pituxa (11-03-2006)

A minha Pituxa
É uma queriducha
Tem um corpo fofinho
E é rosa o seu narizinho

Quando tem muito, muito frio
Enrola-se como uma pescadinha
De rabo na boca sente um calafrio
Nem se vê a cabeça, coitadinha!

Quando tem muito, muito calor
Espalha-se ao comprido no chão
Que é de azulejo frio e refrescante
Esperteza não lhe falta, ah pois não!

Tem uns bigodes tão compridos
Que lhe dão a mais louvável imponência
Os olhos azuis brilham sentidos
Numa carinha laroca e sem ignorância

E a máscara castanha e branca
Na sua cara, é simétrica e triangular
Ao jantar, quando a minha mãe se abanca
Grita até um banco conseguir arranjar

Às vezes quando da cabeça se passa
Anda numa correria louca e sem parar
Quando começa a correr não se cansa
E só pára quando eu começo a ralhar

O mais engraçado dela
É quando eu estou a estudar
Sobe para a mesa perto da janela
E começa a dar turras para eu lhe ligar

Mas a pior parte
É quando toma banho
Geme com toda a sua arte
Mas gosta da água, o que é estranho!

Contudo, há certas alturas do ano
Em que só me apetece matá-la
Quando quer um gato, mia como uma maluca
Por vezes tão tarde como às 4 da madrugada…

A minha gata mais linda
É o meu mais querido animal
Pois nunca morde quando a atinam
E percebe quando a minha vida vai mal

Por vezes dá muito mais amor
Que qualquer outro ser racional;
Quando ninguém nos quer dar calor
Mais vale só com um animal irracional!

Do livro "2.ª Geração" (Tão antigo que ainda não tinha pseudónimo) XD