As fotografias

domingo, janeiro 04, 2009

Andar à chuva

Resguardados da chuva sobre a mesma cúpula
Unimos as mãos imunes ao que nos rodeia
Imaginamos estar num sítio só nosso, onde o amor impera.

Escondidos apenas da vergonha do nosso olhar
Mentira da nossa percepção, estamos nus mas não o vemos
Ainda assim é perfeito, porque tu estás lá
Num salto equilibrado, mantemos os pés secos
Um a seguir ao outro, fintamos poças e contratempos
Lírios, Tulipas, Cravos, ainda te lembras de todos os odores?

Andamos horas impulsionados apenas pelo amor
Navegamos por mares de gente sem nunca hesitar
Tentamos reduzir a diferença entre o sonho e a crua verdade
Uma diferença que existe, que nos faz cair do pódio
Nuns trajectos inoportunos eles surgem e ganham cor
E enfraquecemos, debilitados pelos olhares reprovadores
Sem que o amor perca força, mas ganhe vergonha e se esconda.

Desistir?
Existir?

Seguro-te, hoje serás meu
Encolhidos sobre um tecto falso
Itinerantes sobre a calçada
Xisto, basalto, granito
Andamos, sempre será assim
Somos dois, um, tudo e nada.

3 comentários:

Tag disse...

Quem anda a chuva molha-se....mas antes umas gotinhas na companhia de kem amamos do k andarmos por aí sekinhos k nem bacalhaus ao sol =P Oh yeah! Tu dás-lhe com força.
Agr tou morto, vou mimir um bocado [ZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzz]

Anónimo disse...

Muito fofinho:)

Anónimo disse...

O poema mais bonito que já li:)