As fotografias

terça-feira, setembro 05, 2006

Cheguei hoje de férias!
Parece que já passou tempo de mais desde que estive com todos os meus amigos, e se calhar é verdade, sinto falta de vocês, mas pior começo a aperceber-me que se calhar agora vai ser assim e isso deixa-me melancólico.
Quando sinto a vossa falta vejo as vossas fotos no hi5 ou as que tenho guardadas, sou invadido de memórias e os sons e cheiros parecem reais. Vejo sempre a foto daquele dia dos pré- requesitos, foi tão especial, divertido. Olho-vos nos olhos, os nós dos cabelos, os caracóis, ondulados... Tento senti-los nas mãos como se isso fosse encortar a distância e o tempo que deixei implantar entre nós.

Vejo a Patrícia vestida de Anjo. Afinal não é a Patrícia, mas sim a Mili. Ainda gostas de gelados? O Outono está a chegar e é melhor agasalhares-te, veste o casaco verde de lã e calça as tuas botas de senhora crescida se chover. Não quero que fiques doente, se bem que os anjos de nariz vermelho são engraçados.

A Patrícia para quem não sabe é a menina bonita que vos diz olá na rua com um sorriso enorme todas as manhãs, é aquela rapariga que um dia, em que precisavam, partilhou com vocês o que quer que fosse que aquecesse os vossos corações. Partilha é uma boa palavar para Patrícia, sorriso, amiga, alegre também, mas ela também chora! E é bonito ver que as pessoas não são só fachadas sorridentes, mas têm corações. Se virem alguém a tirar fotos ao pôr-do-sol, perguntem: És a Patrícia? E um sorriso denunciará a verdade, mas se tiverem muitas dúvidas e quiserem mesmo confirmar, sentem-se com ela no "sol" a comer uma baguete de atum, e se ela apreciar aquele momento como se mágico fosse, então é mesmo ela, Porque ela vive em magia, e é bela por ser assim.

sexta-feira, junho 30, 2006

quatro faces: Inês

Se por momentos te fixasse e em alucições posteriores me lembrasse de ti, sem saber teu nome, diria que eras a rapariga mais bela que já conheci. Olhos que vêm tudo e cintilam na escuridão mais assustadora, um porto de abrigo para aqueles que recusam a aceitar que a vida é apenas aquilo que temos. Tu és mais do que aquilo que és, e por isso sempre lutaste para seres melhor.

Nunca te limitas por padrões pré estabelecidos , procuras dentro de ti a tua opinião e recusas as verdades simples e aparentes. És portanto do mundo, a ele pertences e não me importo de o partilhar contigo, pois mais do que muita gente tu o mereces.

A vida é mais bonita quando é simples. Não queremos aqui neste lugar que é nosso complicações e filosofias complexas demais para nos deixar apreciar um pôr-do-sol. Tu, és simples. Gosto de ti.

Mais do que ninguém custa-me ver chorar a ti. Os teus olhos incham e parece que rebentam perante as injustiças do mundo. Por muito justas que sejam as coisas, não deixam de ser injustiças para alguns. É triste ver as lágrimas escorrerem o teu rosto, e logo agora que eu não tenho lenços de papel para te secar a face. Desculpa por não te ajudar a levantar quando cais, mas fico demasiado impotente para fazer alguma coisa. Sempre fui assim. O choro desarma-me.

Um futuro brilhante, sem rédias que te prendam, pois mais do que tudo desejo-te liberdade. Sabes que se não fores feliz em qualquer altura ninguém te impede de mudar as coisas. Sabes do que falo? Deves saber, és perspicaz. Às vezes é preciso rompermos com o passado para podermos avançar.

Rapariga dos olhos bonitos, em dias foste chamada, e na minha memória é assim que ficas. Parada, a sorrir como sempre, dizes-me adeus na linha do comboio, nos teus olhos, bonitos, há uma certa nostalgia de outrora, mas nunca, nem sequer por um minuto pensas em desitir ou sair dali. Será assim que me vou despedir de ti para sempre? Só o tempo dirá.

quatro faces: Ana Rosa

Tu salvaste-me.

Sem rodeios posso dizer que te amo. Tão simples quanto isto, e nada poderia ser mais verídico. Sem a confusão de namoros pelo meio, sem constrições de sangue, o nosso amor é o mais puro.

És a materialização do meu ideal de mulher. Sem adjectivos pomposos o teu nome revela por si só a simplicidade aparente, a pureza no acto da revelação. Ana. Nada neste mundo pode ousar sequer ser tão cândido quanto a nome Ana. Nada, de índole imprivisivel ou constante, se pode aproximar de ti. Ninguém cabe em ti, tu própria quase que não te adequas ao mundo, és no entanto perfeita pelas tuas imperfeições que te tornam "vivivel".

Nós dois á chuva em Veneza enquanto corremos e gritamos Miguel Ângelo pelas ruas quase desertas de uma cidade que mergulhava no Inverno. Provarmos as lágrimas salgadas um do outro quando, em plena ousadia de julgarmos a perfeição, chorassemos em frente da pietá. Há ainda tanto para ver, e recuso-me a ter de ir sozinho.

A tua preocupação para com os outros é imensurável, trazes sempre um sorriso a qem não tem, roubando um pouco de felicidade do teu coração. Aproveitei-me da situação que se criou e resolvi explorar-te. A melhor coisa da minha vida. Descobri uma amiga sem qualquer receio.

Um sonho: Tu e Eu. Um jardim em Itália. Sol. Fontes e mais fontes. Uma saia verde (tu) e uma t-shirt azul clara (eu). Quero ser feliz contigo.

quatro faces: Sara

Saaaaaaaara, o teu nome seca-me a garganta . Deixa-me um travo a areia, mas tu não és deserto, és a mais viva de todas as que já alguma vez conheci.
Sim, é a resposta, ainda me lembro da pergunta que sempre ficou no ar "Mas vocês têm alguma ligação psíquica?". Admirado, perguntava o rapaz sorridente. E sim é a resposta, temos uma ligação psíquica e chama-se amizade.

Explorei-te ao máximo na tentativa de sermos um só. Somos tão iguais.

A tua consciência e inconsciência fascinam-me a um ritmo alucinante de quem não tem nada a perder. Se por gostar de ti posso dizer que te amo, então também é verdade que sinto ciúme dos outros que querem fazer parte de ti. Tomei-te como minha, não percebendo a urgência que tens de amar, e caí no erro de desesperar por seguires a tua vida. Porque outros podem-te dar aquilo que eu não posso. Para além da carne és sem dúvida um dos meus amores, uma das minhas virtudes.

Sara, palavra mais explicativa de cabelos vermelhos não há. És explicita até á perninha do último "a", que embora suspenso, não tem mais nada a dizer. Tu és aquilo que vejo, porque os meus olhos não são normais, eu também te vejo por dentro.

Palavras I

Palavras decadentes ou decrescentes, dependendo da objectividade do caso, saiem de ti e ecoam na minha cabeça. Percorrem milhares de vezes a distância que há entre os meus olhos e o monitor. Eu demoro apenas segundos a digeri-las e compulsivamente as deito para fora de novo, grito-as bem alto. Se por acaso as ouvires, ou se tiveres com atençao, o que tembém resulta, respondes-me rapidamente e eu sou obrigado a amar-te.

terça-feira, junho 27, 2006

Decidir.

Tenho de decidir o que fazer.
Assim se apresenta a vida, decisões.
Posso seguir um caminho fácil, outro mais dificil, mas não posso continuar aqui. Não é sustentável continuar a viver aqui, já não faço parte deste tempo. E se avanço e me perco? Não quero ter de decidir agora. Posso dormir mais um dia abrigado do mundo?

Agora a vida é minha, pela primeira vez a vida é minha, dependo só de mim, e nunca me senti mais inseguro. Crescer custa muito, demais para um rapaz que descobre todos os dias o amor. Mão vem cuidar de mim e deixa-me o jantar feito. Tenho medo de cair num abismo, de cair sozinho e não ter corajem ou força de me levantar.

Ainda sonho com ribeiros e florestas, desencantadas de magia, mas cheias de sonho e de vontade humana. E assim não posso andar. À mínima chuva fico irremedíavelmente nostálgico, e se vejo folhas verdes molhadas viajo. O silêncio ainda me afecta tanto, ainda sou tão sentidos.
Ter de decidir dá-me dor de cabeça. As decisões têm pouco de liberdade. sinto-me preso por poder escolher. Porque não posso ser tudo? Eu quero ser tudo e provar todos os sabores.

Este verão está péssimo para decisões. Odeio o calor, não é nada romântico nem nostálgico como eu gosto/sou.

Recuso-me a decidir agora!
Vou permitir, por enquanto, tempo para indecisões. Se ao menos fosse Outono